quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

MINHA CARREIRA - Buscando Rumos

MINHA CARREIRA - BUSCANDO RUMOS


Lá pelos 14 a 15 anos, eu não tinha ainda descoberto qual seria a minha vocação. Compartilhei esta dúvida com meus pais. Eu me interessava por muitas coisas variadas,  mas, preliminarmente, contava com facilidade em lidar com a funcionalidade dos objeto e peguei a mania de abrir utensílios domésticos, simplesmente para entender seu funcionamento. As vezes os consertava e raramente necessitava ajuda de alguém para me ajudar. Sempre que isso acontecia, dava um jeito de acompanhar atentamente. Por isso meus parentes apostavam que encontraria meu rumo nalgum tipo de engenharia. Certa vez, numa dessas proezas, causei um curto circuito na casa, que me deixou muito desapontado. Levei uma bronca, mas meu pai de deu um manual de eletricidade para crianças, usado pelo SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Entendendo melhor do assunto, isso nunca mais se repetiu!  


Como isso não era uma certeza, outras coisas também me despertavam curiosidade e prazer, deste modo, meus pais me inscreveram para fazer um exame psicológico de orientação vocacional. Saiu como resultado que eu poderia escolher à maioria das vocações, com sucesso, desde que houvesse dedicação para o aprendizado. Outras atividades que pratiquei nessa época, à título de experimentação, um rápido estágio como aprendiz de mecânico, nas Caixas Registradoras National e um outro, não tão rápido, como aprendiz de fotógrafo junto a Leão Rozenberg, famoso profissional da época, que me conduziu a participar da equipe que documentou o filme O Pagador de Promessa, produzido por Anselmo Duarte, tendo como astros principais Leonardo Vilar e Glória Menezes, tendo, no interior de uma câmara escura, trabalhado na revelação de todo o acompanhamento cenográfico da obra, onde conheci alguns atores e pessoalmente a atriz Norma Benguel, mulher de Anselmo e considerada como uma “Brigite Bardot brasileira”. Andei atirando para muitos lados, mas continuava na mesma, com a agravante de aumentar a incerteza.


Desde os sete até os dezoito anos participei do Escotismo, nos seus diversos graus de classificação etária e de adestramento, chegando à chefia. Na maioria do tempo, fui Escoteiro do Mar, que em Salvador, cidade onde morava, dispunha de excelentes alternativas para a pratica marinheira. Neste movimento paralelo à educação formal, além da pratica de importantes valores sociais, pude aprender noções de diversas técnicas como: construção com material rudimentar, com estabilidade e resistência, nós aplicáveis em amarras para estas e para atividade embarcada, navegação e orientação geográfica, ventos, regras de civismo, culinária, cultura física, primeiros socorros, fogo e sua prevenção e combate, meteorologia, comportamento na selva, valor da disciplina e uma série muito grande de ensinamentos, tais como numa carreira militar, servindo também como experiência útil para a minha escolha de carreira profissional do resto da vida.


Tentei, com apoio dos meus pais, várias alternativas. Concluído o ciclo básico dos estudos, pensei, como primeira alternativa, era logico, o curso de nível técnico de Engenharia Eletro-mecânica. Naquela fase da minha vida, tive muita resistência aos estudos formais, cujos conteúdos eram por demais desconectados da realidade. Preferia começar a trabalhar o quanto antes e, assim, ficar um pouco mais independente. Por ser fraco em matemática, acabei desistindo do rigoroso exame para Eletro-mecânica, e optando pelo curso de Contabilidade, nível técnico, sem teste admissionais, que,  após concluído, me possibilitaria, pelo menos, um trabalho autônomo.


A partir dos dezessete anos, iniciei minha vida como trabalhador formal, ingressando como auxiliar de contabilidade numa grande empresa de verejo e concessionária de veículos e em seguida, fui bancário, até me graduar como Técnico de Contabilidade e iniciar atividade de autônomo, juntamente com dedicação junto a um grande Escritório de Salvador, cuja concentração de clientes atuava nos ramos de Construções e Terraplanagem e de Distribuição de Combustíveis.

Assim, atuando com concentração na área de Contabilidade e Fiscal, cursei o meu curso universitário de Administração de Empresas.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

MINHA CARREIRA - Passos Iniciais.


Aos sete anos de idade, senti curiosidade do que seria trabalhar. Via os adultos conversando sobre aspectos, pessoas e relacionamentos envolvidos em suas atividades profissionais e me mantinha atento, imaginando outras circunstâncias que aquilo envolvia.


Meu avô, Antoninho Vieira,  homem austero, com quem morávamos, tinha um armarinho chamado A Nova Cruzada e, quando se aproximava a festa de carnaval, precisava de todo apoio possível para arrumar e embalar mercadorias nos preparativos da festa.


Nessa oportunidade, me ofereci para ajudá-lo e,  assim, matar alguns espaços daquela imaginação. Lá na loja dele, passei alguns dias separando e pesando certa mercadoria que ele havia comprado em lotes maiores, e embalando-a, em pequenos sacos, para venda em pontos de varejo que ele instalava nas proximidades do evento.


Com esta experiência precoce, passei a ter uma ideia muito mais clara sobre certos requisitos que revestem uma atividade de trabalho disciplinado, quais sejam: pontualidade, assiduidade, obediência, hierarquia, dedicação, diligência, esforço pessoal, como básicos e fundamentais.


Meu avô, e agora meu chefe, era um homem muito espiritualizado e de trato suave, porém suficientemente rigoroso e conservador nas coisas que envolviam o seu negócio. Assim, se constituiu no meu primeiro mestre, paradigma de seriedade e outras importantes características  do meu comportamento enquanto homem de trabalho, para o resto da minha vida.

Após esta experiência que funcionou basicamente como um estágio de capacitação, continuei meus estudos e lá pelos 13 anos, resolvi estudar à noite e voltei a trabalhar com ele, por vários meses, no balcão, em atendimento de clientes, tanto em sua loja matriz, como numa filial existente em uma região de comercio mais refinado de Salvador, chamada “Piedade”.