quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O DINHEIRO E SUA “MÁGICA”

A experiência que acumulei e a que reuni me apresentaram uma lição. Parece mesmo que o dinheiro tem uma mágica, a do equilíbrio ao longo do tempo.


Passei a acreditar que o dinheiro, quando é transferido de boa vontade, ou quando é trocado de um modo no qual ambas as partes se sintam em equilíbrio de satisfação, ele frutifica. É como se fluísse acompanhado de uma boa energia desenvolvedora. Como é aquela edificante que acompanha o "dinheirinho suado e merecido".


Alguns exemplos que testemunhei construíram e fortificaram está minha avaliação:


  • Riquezas obtidas como fruto de roubos, ou atos ilícitos do ponto de vista ético ou de legitimidade raramente acabam resultando em bons proveitos para quem os obteve.
  • Poucos são os herdeiros conflituosos que chegam a prosperar com o fruto de seus legados, alcançando prosperidade perene.
  • Excetuando a sustentação normal de filhos, certos artistas notórios ou mesmos pessoas comuns que separadas recebam pensões vultosas dificilmente alcançam os propósitos de realização perene e felicidade. Examinei muitos casos e não tive muitas evidências contrárias.
  • Em mercados livres, os preços dos bens ou serviços, quando exorbitantes, acabam punindo os ofertantes com redução de suas vendas, decorrente de surgimento de concorrentes, por renúncia de compradores ou por outros fenômenos regidos por uma lei econômica chamada de Lei da Oferta e da Procura, que regula naturalmente os preços, nas relações de troca.
  • Os impostos e a tributação, quanto mais escorchantes, menos resultam em notáveis vantagens, para os governos que os impõem e povos que os aceitam. Parece-me que os investimentos necessários para tentar justifica-los e para robustecer desmedidamente um máquina arrecadatória acaba consumindo a maior parte, além da corrupção que acaba se instalando como se fosse para dilapidar a desmedida. A esse propósito, lembro-me do ensinamento da Curva de Laffer 1 que resumidamente mostra que uma arrecadação à alíquotas extremas de 0% ou 100% resultariam em igual valor nulo de resultado. Logicamente, entre esses dois extremos, vários valores significativos existem. Começam crescentes e, a partir de certo ponto, começam a decrescer. Concluo aqui, que,  em alguns povos, esse "fenômeno", natural ou não, acaba por "amaldiçoar" os fluxos de riqueza inapropriadamente direcionados, que condena países de pequena capacidade geradora de riquezas mas com desproporcional carga tributária ao baixo desenvolvimento social.


Por casos como os acima enumerados, chego até mesmo a tentar resistir ao pensamento que  haveria uma força "mágica" a considerá-lo como ganhos "malditos”, não encontrando excessões relevantes. Após refletir e pesquisar sobre que traço comum estaria presente nesses exemplos, sou inclinado entender que; se a utilidade (bem ou serviço) que alguém transfere para outro tem seu valor espontaneamente reconhecido, este valor, ao se transformar em pagamento, tem o condão da representar o equilíbrio, numa troca bem aceita. E por isso, considerado legítimo. E só assim pode contribuir para o sucesso e a felicidade.

1 - Curva de Laffer - publicada pelo Norte Americano  Arthur Laffer e popularizada por Jude Wanniski na década de 1970  (vide verbete específico na Wikipédia)

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