terça-feira, 17 de junho de 2014

DEUS É AMOR

Deus é Amor.

Certa vez, há muitos anos atrás, numa palestra religiosa, tive acesso a uma poesia, de autoria de um frade (se não me trai a memória, o nome é D. Marcos Barbosa) que voltava a afirmar “Deus é Amor.”.

Eu já ouvira esta expressão, não sei quantas vezes, mas, a partir daquele momento, dentro de uma forma tão poética, tal afirmação passou a me instigar, cada vez mais, e passei a usá-la como base para alguns silogismos que contribuíram fortalecer este conceito e para estabelecer correlações com diversas outras afirmações, Tudo teve o poder de aumentar a minha fé.

A primeira delas, e que sempre se repete, como se estivesse instigando minha reflexão, foi com a da “Boa Notícia” ou “Boa Nova”, trazida pelo Salvador, como resumo e interpretação atualizada e condensação dos mandamentos Divinos: “Amar a Deus, sobre todas as coisas e ao próximo, como a si mesmo”.

Ora, se Deus é Amor, a simples substituição de significado conceitual do segundo termo da expressão nos leva a equivalente expressão - Amar ao Amor.

Passemos agora a nos deter na segunda afirmação, cuja interpretação exige uma complexidade maior, pois necessita que qualifiquemos o referencial “como a si mesmo”. Esta exigência, que precisa antecipar-se , nesta construção de raciocínio, me levou a interpretação seguinte:

A quem sou inclinado a amar mais do que a mim mesmo? A resposta parece óbvia, Porque o sentimento quanto a nós mesmos, é amplo e não tem limites, na avaliação. Somos naturalmente levados ao perdão dos nossos atos, encontramos justificativas, somos tomados de compaixão e misericórdia, até mesmo, às vezes sem reconhecê-lo, por piedade.

Enfim, todas as atitudes que acompanham ao verdadeiro amor.

Portanto, o amor a mim mesmo seria o amor máximo possível, já que amar coisas que não são entes, sai do âmbito saudavelmente admissível.

Assim, outra vez, substituindo, a expressão como a si mesmo, poderia ceder lugar a ao máximo possível.

Deste modo, a segunda parte se apresentaria como sendo “amar ao próximo, ao máximo possível”

Outra vez, interpretando a nova substuição “ao máximo possível” caberia a questão: O que é o máximo possível, senão o próprio Deus (entenda-se, o próprio Amor)?

Numa interpretação final, já que, nessas lógicas, somos levados ao mesmo ponto, caberia o entendimento (?) de que o verdadeiro Mandamento Divino poderia se sintetizar em...
AMAR?

(Dedico à Prof. Ivonete Passos, a citada palestrante, quem não vejo há anos, mas que muito me estimulou em minha fé.)

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